Coach do Bem Estar, tripulante da MSC Cruzeiros, graduado em Comercio Exterior, Logística e Palestrante.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Por falta de espaço, navios esperam até 40 dias para atracar em Paranaguá
Um congestionamento acumula navios na costa do Paraná. Eles aguardam uma vaga para atracar no porto de Paranaguá (a 98 km de Curitiba), principal ponto de embarque e desembarque de grãos da América Latina. A espera vai de 20 a 40 dias. No fim de semana, havia cerca de 50 navios aguardando na fila.
A Appa, autarquia do governo do Estado que administra o terminal, afirma que a combinação entre bons preços no mercado de commodities, dólar valorizado e condições meteorológicas desfavoráveis causam a fila, que “não é habitual”. Segundo a administração, a fila pode ser reduzida "rapidamente".
“Fila de navios é assunto tradicional em Paranaguá”, rebate Nilson Camargo, assessor técnico-econômico e especialista em infraestrutura de transporte para o agronegócio da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). “Elas se agravam nessa época de pico na exportação de granéis, mas são comuns o ano todo.”
A causa do problema é conhecida. “A infraestrutura não acompanhou a demanda. Em 1990, Paranaguá movimentou cerca de 13 milhões de toneladas de cargas. Em 2011, foram 41 milhões de toneladas. E o porto é exatamente o mesmo, com o agravante de que os equipamentos se depreciaram nesse período”, diz Camargo.
“Se há espera, há deficiência, não há dúvida. Investimentos em infraestrutura chegam muito depois da demanda”, diz João Gilberto Cominese Freire, diretor do Sindop, sindicato que representa os operadores portuários (empresas que fazem carga e descarga), e presidente do conselho de administração da Rocha Terminais Portuários e Logística.
“Em Paranaguá, faltam investimentos em dragagem, vias de acesso, readequação de equipamentos, que são antigos. Os equipamentos do corredor de exportação [de graneis] têm quase 40 anos”, declara Freire.
Camargo também reclama de deficiência da aparelhagem. “Os guindastes do corredor de exportação movimentam 800 toneladas por hora, muito abaixo da capacidade nominal de 1.500 toneladas. Eles são velhos, obsoletos. Precisamos de mais cais, e de mais profundidade nos pontos de atracação. Como hoje ela é pequena, os navios precisam sair com menos carga. Mas o custo do frete é o mesmo”, afirma Camargo.
O resultado da combinação entre alta demanda e infraestrutura deficiente são as filas. “Hoje, um navio espera, em média, 20 dias até haver espaço para atracar. Mas a demora pode chegar a 40 dias”, diz o analista da Faep.
A situação é mais crítica na exportação de soja, milho e açúcar e no desembarque de fertilizantes.
Operadores e embarcadores acabam tendo de pagar uma multa aos armadores (donos dos navios) pelo atraso nas operações. “Em 2011, pagaram-se em Paranaguá US$ 115 milhões em multas apenas na importação de fertilizantes. É um número muito considerável. Com esse dinheiro, poderia se fazer um corredor de exportação novo”, diz Freire.
A solução para o problema depende de investimentos. “A Appa não tem dinheiro para isso. Dependemos de recursos federais”, diz o analista da Faep.
Freire é mais otimista. “Vemos, pela primeira vez em alguns anos, esforço em resolver os problemas que existem há décadas. Os governos estadual e federal são cientes dos problemas de Paranaguá, que se arrastam por décadas. Mas as soluções vêm a passos muitos lentos, pois governos têm limitações e burocracia. Mas há, ao menos, boa comunicação entre Curitiba e Brasília.”
Fonte: UOL Economia - Da Redação - 16/05/2012 -
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Montadora chinesa Shacman entrega 99 unidades no Recife
Montadora chinesa Shacman entrega 99 unidades no Recife
A montadora chinesa Shacman realiza nesta segunda-feira (2) seu primeiro desembarque de veículos no Brasil. O terminal portuário que receberá 99 unidades de linha pesada da fabricante asiática é o Porto do Recife. A meta do grupo é desembarcar 500 caminhões ao longo do ano. Apenas com esta primeira operação, a expectativa é que seja gerado um incremento de R$ 500 mil.
De acordo com a assessoria do Porto do Recife, o navio Asian Chorus, do modelo rol on roll off - que abre uma imensa porta para a saída dos veículos - trará também 87 máquinas da linha amarela da marca também chinesa XCMG, que já opera no porto há anos.
Em dezembro de 2011, uma comitiva de diretores da empresa chinesa e representantes da Metro Shacman, companhia nacional que retém exclusividade na importação da montadora, assinaram um protocolo de intenção para montar um centro de distribuição no Recife. A ideia é, no futuro, instalar também uma linha de montagem no país e o município de Caruaru, no Agreste, é uma das localizações possíveis.
“Nossa intenção é clara e objetiva. Esse (o CD) é o primeiro passo e logo em seguida partiremos para a montadora”, disse à época o presidente da Metro Shacman, Reinaldo Vieira, ao participar da cerimônia de assinatura do protocolo de intenção para instalação do CD no centro administrativo do Porto do Recife.
O CD da Shacman vai empregar 40 pessoas diretamente, entre motoristas, mecânicos e pessoal administrativo. Após o desembarque, os caminhões passarão por um processo chamado “tropicalização”. Serão vistoriados, adesivados e receberão uma manutenção prévia antes da entrega às concessionárias. Eles iniciam com uma rede de 16 concessionárias exclusivas espalhadas pelo Nordeste, Sudeste e Sul do país. A meta é chegar a 30 concessionárias até o fim de 2012.
Neste primeiro ano, o CD deverá movimentar cerca de 1,5 mil veículos. Segundo Rodrigo Teixeira, diretor executivo, os veículos, as peças e as ferramentas deverão movimentar mais de US$ 500 milhões (cerca de R$ 894 milhões) por ano.
Inicialmente, os modelos importados trazem especificações que buscam atender às demandas do segmento dos pesados, com configurações 4x2 e 6x4. A montadora tem capacidade de produzir mais de 70 mil unidades por ano e exporta para 50 países de diferentes continentes.
Fonte: DP
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