Sinto-me meio GRINCH nessa época.
Não gosto mais do natal!
Eu não era assim antes.
Lembro-me como se fosse ontem, passeando pela Rua 25 de março em SP com sacolas e mais sacolas de presentes, para os filhos, familiares e amigos.
Procurando enfeites e mais enfeites de natal para a casa, para o escritório e para a Árvore de Natal. Ah! Como era linda nossa Árvore de Natal!
E o papai Noel?
Era uma festa! Muito, mas muito legal quando papai Noel chegava sem a gente perceber e colocava os presentes na árvore, às vezes próximo do travesseiro, que alegria era isso, tanto pra mim quando eu era criança, quanto para meus filhos.
Ver o sorriso deles estampado no rosto com o brinquedo na mão era algo assim espetacular. Não sei como existem pessoas que insistem dizer que Papai Noel não existe, pois esse é um momento mágico na vida de uma criança, querer trazer a realidade adulta de que Papai Noel não existe seria a mesma coisa de querer ensinar para uma criança que não foi à cegonha que a trouxe ou a sementinha que “brotou” na mamãe e querer logo ensinar aos 7 anos de idade que ela nasceu porque mamãe e papai transaram e daí ..., é ilógico isso. Lembro-me com muita alegria do sapatinho que eu colocava na janela, e de cair no sono esperando o Papai Noel chegar e quando acordava lá estava meu presente e às vezes junto com a cartinha dele. Pois é, Papai Noel me escrevia também, como isso era legal.
Num ano foi um par de patins, no outro um urso de pelúcia (tinha ele até uns dias atrás), no outro uma bicicleta... Ah como era bom...
E dos meus filhos então?
Buzz Lightyear era só um dos vários que “Papai Noel” trazia, ah como era legal.
Certa vez fomos ao Hopi Hari em pleno dia 25, foi muito legal, o parque tava vazio, e podíamos ir varias vezes na montanha russa e nos outros brinquedos legais.
Mas agora...
Hoje em dia, não sinto mais o mesmo prazer.
To mais pra Grinch do que para uma pessoa legal.
Não tenho hoje meu pai perto (ta no céu)
Não tenho minha mãe perto (está a 3 mil Km de distância)
Não tenho meu filhão perto (5 mil Km de distancia) AI QUE SAUDADES!
Não tenho as pessoas que amo perto...
Hoje em dia acho o natal uma festa melancólica, era pra ser linda e cheia de paz e alegria afinal reza a lenda que nessa data comemoramos o nascimento de Jesus Cristo que é sinônimo de vida, luz, paz, amor, renascimento...
Se fosse mesmo comemorado o nascimento d’Ele eu amaria o natal.
Mas há muito tempo que essa é a última coisa de que nos lembramos.
O natal é muito mais do Papai Noel do que de Jesus Cristo.
Reunião de familiares e amigos que em geral vivem o ano todo se estranhando, com suas diferenças ou mesmo indiferenças e aí entendem que neste dia devem deixar tudo de lado em viverem felizes, em harmonia.
Louvável, se seguissem o novo ano com essa visão, mas não é o que acontece.
A reconciliação é só para as fotos do dia 25 de dezembro e depois volta tudo ao normal.
Trocam presentes, enfeitam árvores, esperam a chegada do Papai Noel que é hoje quase um acontecimento histórico. Mas essa parte não acontece onde estou, dizem aqui logo cedo para as crianças que o Papai Noel não existe (Evangélicos Tradicionais), mas somente a parte do Papai Noel, porque o restante acima acontece igual.
Fazem comidas maravilhosas e lá em algum momento alguém se lembra de citar modestamente que é o dia do nascimento de Jesus Cristo.
É como se no dia do seu aniversário um monte de amigos seus se reunissem para uma festa em comemoração ao seu dia e nem se quer olhassem para você, nem o cumprimentassem.
O Natal também é o dia mais triste e depressivo para as pessoas que não tem família, que perderam entes queridos, que vivem nas ruas.
Enquanto as famílias estão reunidas em torno de uma mesa farta, outras pessoas estão na sarjeta procurando restos pra comer.
Não gosto mais do natal!
Assisti um vídeo no youtube do grupo Zaffari (veja nesse link a seguir) http://youtu.be/u0pHvb81DVo e me inspirei em escrever esse texto.
Assistindo esse vídeo me deu vontade de chorar, e chorei. (quem disse que homem não chora?) Pois me fez imaginar eu naquela cena, chegando em casa, ...
Para outras só representa consumo, trânsito intenso, cidade caótica. Para outros reflete hipocrisia e falsidade, sorrisos forçados e comilança sem fim.
Tanto faz o motivo para não apreciar essa data. Penso que não sou o único, o fato é que muita gente não gosta mesmo do Natal e acaba se forçando a comemorar como se não tivesse permissão para deixar "passar batido”. Ao invés de curtir a reunião em família, o Natal pode representar um tormento: na casa de quem vamos para a ceia? E o almoço do dia vinte e cinco, onde será? Quem vai levar o que? Vai ter brincadeira de amigo oculto ou vamos comprar presentes para todo mundo?
Vovós já idosas insistem em ir para o fogão, netos adolescentes acham tudo um "mico". Sempre tem alguém que fica chateado porque "a ceia este ano poderia ter sido em casa" e, no fim das contas, a data serve também para que as mágoas aflorem e as cobranças e indiretas se misturem às nozes e ao peru assado.
Mas a fila anda...
O tempo não para
E a vida tem que continuar
Então temos (tenho) que nos permitir RENOVAR
Num ou noutro caso, o que importa é que você se permita renovar.
Renovação, afinal de contas, é também parte do espírito de Natal!
É difícil, mas não para parar o mundo,
Nem para voltar ao passado e mudar as coisas
Ah, como seria bom ter o carro daquele filme “De volta pro futuro”
Ou ter o poder daquele filme “Efeito Borboleta”
Ou ainda se encontrar com você mesmo quando era criança como naquele filme do Bruce Williams “Duas vidas”
Enfim, definitivamente, não dá pra voltar ao passado, nem ficar parado no presente pensando no passado, logo, o jeito é, viver o presente, programando o futuro, mesmo que ele não seja do jeito que você queria, mas somos mutantes.
Vamos aproveitas as promessas de fim de ano e buscar novos objetivos de vida, novos focos, enfim RENOVAÇÃO.
Sinto-me meu Grinch (não assistiu esse filme?), não gosto mais do natal como deveria, mas isso não impede que me prepare pra fazer do ano novo um ano cheio de novas oportunidades, de novas conquistas, de renovação.
Foco, metas...
Esquecerei o natal e imaginarei o Ano Novo que vai chegar!
Não serei o Hard (Hiena que vivia a dizer – oh céus, oh dia, oh azar, nada da certo comigo)
Serei o Lippy, o leão que sempre vê uma oportunidade mesmo nas mais adversas situações.
Serei como Jó, que mesmo nos piores momentos da vida, não se esquece de agradecer e louvar a Deus.
Enfim...
Tenham todos vocês um Feliz Natal
E um excelente Ano Novo,
FELIZ 2012.
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