A Logum Logística S.A. é a nova empresa que será responsável pela realização de um abrangente sistema logístico multimodal para transporte e armazenagem de etanol. O capital social da nova companhia será, inicialmente, de R$ 100 milhões e tem como acionistas a Petrobras, 20%; a Copersucar S.A., 20%; a Cosan S.A. Indústria e Comércio, 20%; a Odebrecht Transport Participações S.A., 20%; a Camargo Correa Óleo e Gás S.A., 10%; e a Uniduto Logística S.A., 10%.
Com investimentos de R$ 6 bilhões, o sistema multimodal de logística de etanol terá aproximadamente 1.300 quilômetros de extensão e atravessará 45 municípios, ligando as principais regiões produtoras de etanol nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso à Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo. O presidente da Logum, Alberto Guimarães, explica a empresa terá uma capacidade inicial instalada de transporte de até 21 milhões de metros cúbicos de etanol por ano, antes de qualquer obra de expansão. Guimarães diz também que o sistema vai oferecer inicialmente para os clientes a capacidade de armazenagem de 800 mil metros cúbicos distribuídos em diversos pontos do sistema, principalmente em Paulínia.
“Não vai ter reserva de volume para o transporte de etanol para os sócios. O sistema foi dimensionado para que a capacidade de transporte seja o dobro da estimativa total de produção de todas as empresas sócias da Logum. Dessa forma, o sistema poderá ser utilizado por diversas companhias produtoras de etanol”, ressalta Guimarães.
O empreendimento será integrado ao sistema de transporte hidroviário existente na bacia Tietê-Paraná. Os comboios de transporte, compostos pelas barcaças de cargas e os barcos empurradores, serão construídos e operados pela Transpetro. A Transpetro deverá também operar os dutos do sistema a serviço da Logum.
Parte deste sistema integrado será composto por um duto de longa distância, entre as regiões de Jataí (GO) e Paulínia (SP); o primeiro trecho entre Ribeirão Preto (SP) e Paulínia, até então sob responsabilidade da PMCC SA, teve inicio das obras em novembro passado com as primeiras contratações de serviços, projetos e instalações e tem previsão para entrar em operação em dezembro de 2012.
O investimento para a construção do trecho entre Paulínia e Ribeirão Preto está em torno de R$ 900 milhões, o trecho de Uberaba (MG) e Ribeirão Preto será de R$ 430 milhões, de Anhembi (SP) até Paulínia está estimado em R$ 280 milhões, já os terminais hidroviários custam em torno de R$ 150 milhões por terminal e as barcaças cerca de R$ 432 milhões.
“O sistema cria otimização do transporte etanol. Em média, a redução do custo pelo uso do sistema deve ser de 20%, mas isso depende do volume e distância transportados. Depois dos dez primeiros anos de operação, as taxas devem ficar menores, pois os custos de construção do projeto serão diluídos, e com isso, a redução de preços pode chegar em média a até 50%. Além disso, para o Nordeste, por exemplo, ficará mais eficiente a entrega do etanol com a integração do sistema com a cabotagem”, diz Guimarães.
O último trecho do sistema, que vai de São José dos Campos até um porto, está previsto para entrar em operação em janeiro de 2016. Ainda não foi definido o porto que vai operar com a Logum. “Este prazo pode ser reduzido de acordo com a resposta do mercado. Se tivemos volumes contratados podemos sair antes pela costa. A análise atual é que podemos chegar a São Sebastião em 2016”, indica Guimarães.
Da redação
(www.portosenavios.com.br)
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